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quarta-feira, 21 de abril de 2010

MULHERES CONJURADAS



Nesta cultura machista que nos assola, quase não se destacam as figuras heróicas de mulheres envolvidas com a Conjuração Mineira liderada por Tiradentes. Mulheres que assumiram a coragem de apoiar os homens que amavam, comprometidos com a principal conspiração de nossa história: a que pretendeu libertar o Brasil do domínio português.

Mulheres que padeceram a dor de ver seus companheiros presos, torturados, degredados, os bens sequestrados, a infâmia proclamada sobre sucessivas gerações, sem a esperança de, no futuro, voltar a abraçá-los. Só uma delas o conseguiu.
Tomás Antônio Gonzaga, quarentão, se apaixonou por Maria Doroteia Joaquina de Seixas, 23 anos mais nova do que ele. Eternizada sob o pseudônimo poético de Marília de Dirceu, os poemas apaixonados teriam sido escritos antes de o autor enamorar-se dela. Segundo Tarquínio J. B. De Oliveira, a verdadeira Marília é Maria Joaquina Anselma de Figueiredo, viúva enricada, amante de Luís da Cunha Menezes.

Os atritos de alcova entre o governador e o ex-ouvidor de Vila Rica teriam dado ensejo a que este redigisse, sob autoria anônima, as Cartas chilenas, nas quais desprestigia Menezes, tratado pela alcunha de Fanfarrão Minésio.

Gonzaga, promovido para a Bahia, valeu-se do noivado com Maria Doroteia para prolongar sua permanência em Vila Rica e, assim, encobrir sua militância na conjuração. A delação de Silvério dos Reis os impediu de se casar. O poeta, degredado para Moçambique, ali constituiu família. Maria Dorotéia faleceu em Minas, aos 85 anos.
Bárbara Heliodora, mulher de Alvarenga Peixoto, teria evitado que o marido, uma vez preso, passasse de conspirador a delator. Ao ser decretado o sequestro de todos os bens dos conjurados, ela conseguiu provar ser casada em separação de bens e, assim, manter a posse do que lhe pertencia.

Nos meus tempos de grupo escolar, os alunos recitavam emocionados o poema que Peixoto, encarcerado no Rio, lhe dedicara: “Bárbara bela/ Do Norte estrela /Que o meu destino/ Sabes guiar,/ De ti ausente/ Triste somente/ As horas passo/ A suspirar./ Por entre as penhas/ De incultas brenhas/ Cansa-me a vista/ De te buscar. (...)”

O romantismo criou o mito de que Bárbara Heliodora teria enlouquecido ao ver o marido condenado ao degredo na África. As fontes históricas atestam que soube gerir o seu patrimônio e educar os filhos José, João e Tristão, internados no colégio de Itaverava.
Outra mulher que merece destaque é Inácia Gertrudes, a quem Tiradentes recorreu, no Rio, à notícia de que o vice-rei o perseguia. Viúva de Francisco da Silva Braga, porteiro da Casa da Moeda, vivia com sua filha única, de 29 anos, a quem Tiradentes curara de uma chaga cancerosa.

Para evitar maledicências por abrigar o líder conjurado em casa de uma viúva e uma moça solteira, convocou seu sobrinho, padre Inácio Nogueira de Lima, e encarregou-o de procurar seu compadre, o ourives Domingos Fernandes da Cruz, que homiziou com Tiradentes. Ali o prenderam.

Quitéria Rita era filha de Chica da Silva com o contratador de diamantes João Fernandes de Oliveira. Chica havia nascido escrava na fazenda do pai de padre Rolim; era, portanto, sua irmã de criação. O padre e Quitéria amasiaram-se, embora não vivessem sob o mesmo teto. Antes de ser preso, Rolim cuidou de internar Quitéria e as filhas no Recolhimento de Macaúbas (ativo até hoje).
Rolim passou 13 anos encarcerado em Portugal. Em 1805, aos 58 anos, retornou ao Brasil e bateu à porta do Recolhimento, onde resgatou Quitéria e os filhos, instalando-se em Diamantina. Como fiel Penélope, ela jamais perdeu a esperança de rever o amado.
Hipólita Teixeira, rica e culta, se casou com o coronel Francisco Antonio de Oliveira Lopes. Preso o marido, e degredado para a África, teve ela todos os bens sequestrados. Foi ela quem contra-atacou, em carta ao Visconde de Barbacena, governador de Minas, a delação de Joaquim Silvério dos Reis. E também redigiu e espalhou os avisos sigilosos dando notícias aos conjurados de que Tiradentes havia sido preso no Rio, a 10 de maio de 1789.

História é substantivo feminino. Contudo, nela as mulheres costumam figurar como mera adjetivação de heróis masculinos. É hora de voltarmos aos tempos em que os hebreus ressaltavam a atuação destemida de mulheres, a ponto de a Bíblia incluir três livros com seus nomes: Rute, Judite e Ester. Sem contar a erótica do “Cântico dos Cânticos” e a gloriosa mãe dos sete irmãos mártires descrita no Segundo Livro dos Macabeus.

Qualquer pessoa minimamente catequizada talvez saiba citar os nomes dos 12 apóstolos de Jesus. Mas, quem se lembra de que, de seu grupo de discípulos, participavam também mulheres cujos nomes estão registrados no evangelho de Lucas (8, 1): Maria Madalena, Joana, Susana “e várias outras”?


Fonte: jornal Estado de Minas - 15/04/2010
DIREITOS BÁSICOS DAS MULHERES TRABALHADORAS
Durante mais de 200 anos, trabalhadoras e trabalhadores do mundo todo lutaram,através de manifestações, protestos, boicotes e greves, para que fossem instituídasleis de proteção e defesa da sua categoria!
Foi assim que surgiram muitos dos direitos que usufruímos hoje, ou pelo menos que deveríamos usufruir, já que sabemos que muitas (os) empregadoras (es) não respeitam alguns de nossos direitos.
No Brasil, somente durante a década de 1930 começaram a ser feitas as  leis que hoje  conhecemos como Leis Trabalhistas. Acompanhando a tendência no restante do mundo, as primeiras leis de proteção às (aos) trabalhadoras (es) destinavam-se à proteção dos menores e das mulheres, e  outras reivindicações, como a regulamentação da jornada de trabalho, por exemplo. Estas leis foram unificadas em 1943, na Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), que regula as condições de trabalho das várias categorias de trabalhadoras (es) no Brasil. A CLT sofreu diversas modificações ao longo dos anos. Hoje, junto com a constituição Federal (CF) de 1988, constitui-se como instrumento de defesa das trabalhadoras e trabalhadores.
É nessas leis  que  podemos  encontrar a  maioria  dos direitos das (os)  trabalhadoras (es),  com  carteira assinada.
Além  desses  direitos garantidos, algumas  categoria têm  direitos específicos, conquistados  por meio de Acordos e Convenções Coletivas.
Para conhecer os direitos específicos conquistados por sua categoria profissional, é importante que você procure o seu sindicato.
                                (Cartilha da Camtra)

PROFESSORA ODETE REALIZA PALESTRA EM CINE TEATRO EM SÃO FIDÉLIS


Professora Odete esteve presente juntamente com Alcimário Júnior, o garoto propaganda do Prouni que falou da sua cidade natal e lembrou de quando chegou em Nova Iguaçu, na baixada fluminense. Ainda falou com muito orgulho que cursa Relações Internacionais na PUC, atualmente trabalha em projetos sociais e apresenta palestras.




No Cine Teatro, muito aplaudida pelos presentes, a Professora Odete frisou a falta de valorização dos profissionais de educação, e citou exemplos de profissionais que estudaram em escolas públicas e hoje são referência em todo país. Também lembrou das doze escolas municipais fechadas no município de Campos,e de alunos que agora se deslocam para o município de Quissamã para continuar seus estudos. Finalmente falou da importância do evento, parabenizou a toda organização presente e em especial, a Alzira,diretora da Escola Montese.

O evento foi realizado para alunos e pais de alunos da rede pública de São Fidélis, além de professores e funcionários públicos.

No Término os organizadores homenagearam a Professora Odete e Alcimário Júnior com flores e DVD's que apresentam eventos tradicionais no município como a Folia de Reis e um documentário da banda 22 de outubro.