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domingo, 20 de março de 2011

Socorro Gomes: "Condenamos os ataques militares à Líbia"

A presidente do Conselho Mundial da Paz, Socorro Gomes, emitiu na tarde deste sábado (19) comunicado repudiando a agressão das potências imperialistas à Líbia. Ela defende uma solução política para o conflito interno do país do norte da África e o respeito aos princípios da não ingerência. Acompanhe a íntegra.

A presidência do Conselho Mundial da Paz (CMP) vem manifestar seu repúdio aos ataques militares iniciados na tarde de 19 de março contra a Líbia, após a aprovação de resolução do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas estabelecendo uma zona de exclusão aérea contra esse país do norte da África. A decisão abriu o caminho para os bombardeios por aviões de países membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

A criação da “zona de exclusão aérea” naquele país é, em verdade, um ardil para que as forças imperialistas assentem ali os seus tentáculos.Trata-se de flagrante violação do princípio da autodeterminação dos povos do mundo e, em lugar de promover a Paz, representa uma injeção de combustível em uma situação de conflito existente.

Os Estados Unidos e alguns aliados na Otan pretendiam com a decisão abrir a porta para a ação militar contra a Líbia e seu povo. Teme-se, porém, que os ataques aéreos e navais possam transpor as fronteira da própria Líbia, gerando um conflito regional de consequências imprevisíveis.

Os movimentos sociais e políticos que vêm se registrando em países do Norte da África e Oriente Médio devem ser, todos eles, respeitados como processos internos de povos soberanos. Este é o caso da Líbia, onde a guerra civil em curso deve encontrar sua solução política nos limites daquele país.

A decisão do Conselho de Segurança fixa que não será permitido “qualquer tipo de ocupação estrangeira em qualquer parte do território líbio”, mas se contradiz ao autorizar “todas as medidas necessárias” para proteger populações civis supostamente ameaçadas pelas forças armadas do governo líbio.

Ações a favor de qualquer dos lados envolvidos devem ser encaradas como invasão de um país independente. Seja qual for a composição das forças invasoras, já está caracterizada inaceitável interferência externa.

É importante ressaltar, ainda, que a geopolítica daquela região tem sido substancialmente alterada, reduzindo na mesma proporção o poderio do imperialismo estadunidense ali reinante. A intervenção na Líbia é, portanto, uma forma de retomar o terreno perdido e instalar naquela zona um odioso enclave político-militar.

Defendemos a soberania dos povos e o princípio da não-ingerência. Defendemos a paz.

Socorro Gomes
Presidente do Conselho Mundial da Paz (CMP)

Dilma Rousseff convoca III Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres

http://www.ubmulheres.org.br/component/content/article/1-noticias/127-conferencia.html


Sob a coordenação da SPM e do CNDM, a conferência será realizada de 12 a 14 de dezembro em Brasília
Nesta terça-feira (15/3), a presidenta da República Dilma Rousseff convocou, por meio de Decreto, publicado no Diário Oficial da União, a III Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres, que será realizada em Brasília, nos de 12 a 14 de dezembro. A coordenação da conferência está a cargo da Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM) e do Conselho Nacional dos Direitos da Mulher (CNDM). Seu objetivo é discutir e elaborar propostas de políticas que contemplem a construção da igualdade de gênero para o fortalecimento econômico, social, cultural e político das mulheres e para a erradicação da pobreza extrema.

A III Conferência adotará o seguinte temário: análise da realidade nacional social, econômica, política, cultural e dos desafios para a construção da igualdade de gênero; e avaliação e aprimoramento das ações e políticas que integram o II Plano Nacional de Políticas para as Mulheres e definição de prioridades. Ela será presidida pela ministra da SPM e presidenta do CNDM, Iriny Lopes.

A elaboração de seu regimento é o próximo passo a ser dado.

Leia a íntegra do Decreto

Fonte: Comunicação Social da SPM


Elza Maria Campos - Coordenação Nacional da UBM
"Continuaremos a lutar pelo bom, pelo melhor e pelo justo"
(Olga Benário)

CMS convoca ato contra a política belicista de Obama

A Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS), fórum que reúne as principais entidades do movimento social brasileiro, lançou uma nota nesta sexta-feira (18) intitulada "É muita guerra para quem diz promover a paz", em que denuncia a manutenção de uma política belicista pelo governo Obama e convoca um ato no Rio de Janeiro por ocasião da visita do presidente estadunidense ao Brasil.

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Na nota, entidades como Cebrapaz, CUT, MST, UNE, Ubes, CTB, Conam, Unegro e UBM, em conjunto com dezenas de outras organizações, constata que a ilusão provocada pela eleição do primeiro presidente negro dos Estados Unidos, eleito com um discurso de mudança, foi desfeita pelas próprias ações de governo. “Mudou a retórica, aperfeiçoou-se a propaganda, mudaram alguns atores, mas sob a direção de Barack Obama a política externa do imperialismo norte-americano continua em essência a mesma”, avalia a CMS.

Máquina de guerra
As entidades que compõem a CMS repudiam o belicismo exercido pelo governo Obama que tenta se justificar como uma suposta “luta contra o terrorismo”. Países como Iraque, Afeganistão, Paquistão, Irã e Coreia do Norte são citados no documento como alvos da máquina de guerra do imperialismo norte-americano. O apoio norte-americano a Israel contra a formação do Estado palestino também é lembrado, assim como instrumentos de repressão utilizados pelo país do Tio Sam, como a 4ª Frota e a Organização do Tratado Atlântico Norte (Otan).

Há a tentativa de instrumentalização da própria Organização das Nações Unidas (ONU), segundo os movimentos, que citam como exemplo a gana estadunidense de intervir em nações do norte da África sob o pretexto das revoltas populares que ocorrem em diversos países da região.

Nossa América
Outro ponto importante da nota é a condenação da política adotada em relação à América Latina: “reiteramos nossa total divergência com a dubiedade da política externa dos EUA que mantém símbolos da guerra-fria como a manutenção do bloqueio a Cuba, as provocações contra a Venezuela e a Bolívia, a manutenção da prisão de Guantanamo e a presença de bases militares estadunidenses em nosso continente, que em nada contribui para o desenvolvimento de uma nova relação externa entre os povos”.

Por fim, o documento recorda que a data da visita de Barack Obama ao Brasil coincide com o dia mundial de luta antiimperialista organizada na Assembleia Mundial dos Movimentos Sociais no Senegal, durante a última edição do Fórum Social Mundial (FSM) e convoca o povo brasileiro a se incorporar às mobilizações que ocorrerão no Rio de Janeiro nesta data.

Da redação, Luana Bonone