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quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Campanha Quem ama, abraça, pelo fim da violência contra as mulheres

(Jornal do Brasil/Blog Época/Superintendência dos Direitos da Mulher-RJ) Em comemoração aos 30 anos do Dia Internacional pela Não-Violência contra as Mulheres, a Rede de Desenvolvimento Humano (Redeh) e o Instituto Magna Mater lançam a campanha "Quem Ama, Abraça – Pelo Fim da Violência Contra as Mulheres", que visa estimular o debate sobre a questão da violência contra as mulheres por meio de spots e intervenções urbanas nas cidades do Rio de Janeiro, Vitória, Belém e Porto Alegre.

A ação vai chamar a atenção da população para dados alarmantes, que mostram que cada duas horas, uma mulher é assassinada no Brasil; seis em cada dez brasileiros conhecem alguma mulher que foi vítima de violência doméstica; 30% das mulheres brasileiras já sofreram algum tipo de violência doméstica; a cada dois minutos, cinco mulheres são violentamente agredidas no Brasil.

“Tivemos a preocupação de fazer uma campanha que dialogasse com a sociedade. O que queremos muito é atrair a sociedade, as pessoas, homens e mulheres, para que a gente possa fazer um mutirão. Criar uma grande onda de abraços pelo fim da violência contra as mulheres. Infelizmente, os dados que temos até hoje são assustadores”, ressaltou a coordenadora executiva da Redeh, Schuma Schumaher.

Segundo a coordenadora, hoje existem no país leis que garantem proteção para a mulher que denuncia seu agressor, e é importante denunciar os agressores. Para ela, o movimento busca assegurar os direitos das mulheres e é preciso encontrar meios para que os índices de violência sejam menores na sociedade.

Desde o dia 16 de novembro, sete estatuetas de mulheres estão espalhadas em pontos de grande movimento da cidade do Rio de Janeiro. A intervenção faz parte da ação Mulheres pela Cidade, que se propõe a mostrar às autoridades e à população como as mulheres são tratadas.

De 25 de novembro a 10 de dezembro, a campanha Quem Ama, Abraça estará sendo veiculada nacionalmente em um videoclipe gravado por grandes nomes da música brasileira, como Alcione, Ana Carolina, Beth Carvalho, Carlinhos Brown, Chico César, Daniel, Daniela Mercury, Ed Motta, Elba Ramalho, Lenine, Margareth Menezes e Martinho da Vila.

JB destaca importância do trabalho de Jandira

O mundo comemorou, no dia 25, o Dia Internacional de Combate à Violência contra a Mulher. Por aqui, figura entre as três mais famosas leis do país a Maria da Penha, de 2006, escrita pela deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ), o que já seria motivo o suficiente para comemorar a data. Ainda assim, a relatora faz críticas à aplicação da lei no país.


“Ainda é uma luta política fazer cumprir. A maior resistência na aplicação da lei vem do Judiciário. Eles dizem que não gostam da lei, mas lei não é pra ninguém gostar”, disse a deputada, que também cita resistências na interpretação do texto.
Jandira também aponta que o maior desafio no combate à violência contra a mulher é a disseminação da informação. Ainda que as pessoas conheçam a Lei Maria da Penha – que figura entre as três mais famosas do Brasil, acrescenta – a população desconhece a amplitude do texto, que dá cobertura até à violência contra empregadas domésticas.
Mudança cultural. Mesmo com as críticas, Jandira comenta também o valor simbólico e os avanços que a lei Maria da Penha trouxe para o país. “Acho que o mais importante é como a lei intimida o comportamento agressivo contra a mulher. É claro que a violência ainda é muito elevada, não dá para mudar em cinco anos as agressões seculares contra o público feminino”, completa. “As pessoas têm mais confiança na ação policial e judicial contra este tipo de violência”.
Jornal do Brasil
Informe JB – Luisa Bustamante

“Maior resistência à lei Maria da Penha é no Judiciário”, diz Jandira.

Outros depoimentos de Jandira. “Ter sido relatora desta lei e participado, portanto, da construção do texto é um dos orgulhos que carrego em minha vida pública. A data me lembrará sempre este trabalho e seus resultados, mas, principalmente, me trará renovada disposição para lutar pela completa implementação da Lei Maria da Penha. Vamos juntas pelo fim da Violência Contra as Mulheres!”

“(…) minha primeira homenagem é a própria Maria da Penha e ao movimento de mulheres que foi incansável em todo o processo que culminou com a sanção da Lei. Nesse período de vigência da Lei Maria da Penha tivemos três avanços inegáveis: o cultural, o institucional e a concretude dos resultados. Mudou a mentalidade que defendia que ‘em briga de marido e mulher ninguém mete a colher’. Mudou o papel do Estado como ator principal para coibir este tipo de violência. Mas, principalmente, mudaram os resultados. A segurança em lei permitiu que milhares de mulheres partissem para a denúncia e com isso, não tenho dúvidas, muitas vidas foram salvas.”
“Temos hoje dois grandes desafios. Primeiro a divulgação da lei. A sociedade conhece a lei como aquela que trata ‘bater em mulher’ como crime, mas ainda ignora os importantes mecanismos que a lei traz para proteger a mulher vítima de violência. Também é preciso uma cobrança permanente por parte da sociedade e do parlamento que a representa às três esferas de governo para que tais instrumentos sejam uma realidade para as mulheres de todo o país”.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Crianças negras ainda são preteridas na hora da adoção

20/11/2011 10:27, Por Redação, com ABr- de Brasília

Três anos após a criação do Cadastro Nacional de Adoção, as crianças negras ainda são preteridas por famílias que desejam adotar um filho. A adoção inter-racial continua sendo um tabu: das 26 mil famílias que aguardam na fila da adoção, mais de um terço aceita apenas crianças brancas. Enquanto isso, as crianças negras (pretas e pardas) são mais da metade das que estão aptas para serem adotadas e aguardam por uma família.

adoção

Atualmente há 4,5mil crianças no Brasil esperando serem adotadas

Apesar das campanhas promovidas por entidades e governos sobre a necessidade de se ampliar o perfil da criança procurada, o supervisor da 1ª Vara da Infância e Juventude do Distrito Federal, Walter Gomes, diz que houve pouco avanço. “O que verificamos no dia a dia é que as família continuam apresentando enorme resistência [à adoção de crianças negras]. A questão da cor ainda continua sendo um obstáculo de difícil desconstrução.”

Hoje no Distrito Federal há 51 crianças negras habilitadas para adoção, todas com mais de 5 anos. Entre as 410 famílias que aguardam na fila, apenas 17 admitem uma criança com esse perfil. Permanece o padrão que busca recém-nascidos de cor branca e sem irmãos. Segundo Gomes, o principal argumento das famílias para rejeitar a adoção de negros é a possibilidade de que eles venham a sofrer preconceito pela diferença da cor da pele.

-Mas esse argumento é de natureza projetiva, ou seja, são famílias que já carregam o preconceito, e esse é um argumento que não se mantém diante de uma análise bem objetiva-, defende Gomes. O tempo de espera na fila da adoção por uma criança com o perfil “clássico” é em média de oito anos. Se os pretendentes aceitaram crianças negras, com irmãos e mais velhas, o prazo pode cair para três meses, informa.

Há cinco anos, a advogada Mirian Andrade Veloso se tornou mãe de Camille, uma menina negra que hoje está com 7 anos. Mirian, que tem 38 anos, cabelos loiros e olhos claros, conta que na rotina das duas a cor da pele é apenas um “detalhe”. Lembra-se apenas de um episódio em que a menina foi questionada por uma pessoa se era mesmo filha de Mirian, em função da diferença física entre as duas.

-Isso [o medo do preconceito] é um problema de quem ainda não adotou e tem essa visão. Não existe problema real nessa questão, o problema está no pré-conceito daquela situação que a gente não viveu. Essas experiências podem existir, mas são muito pouco perto do bônus-, afirma a advogada.

Hoje, Mirian e o marido têm a guarda de outra menina de 13 anos, irmã de Camille, e desistiram da ideia de terem filhos biológicos. “É uma pena as pessoas colocarem restrições para adotar uma criança porque quem fica esperando para escolher está perdendo, deixando de ser feliz.”

Para Walter Gomes, é necessário um trabalho de sensibilização das famílias para que aumente o número de adoções inter-raciais. “O racismo, no nosso dia a dia, é verificado nos comportamentos, nas atitudes. No contexto da adoção não tem como você lutar para que esse preconceito seja dissolvido, se não for por meio da afirmatividade afetiva. No universo do amor, não existe diferença, não existe cor. O amor, quando existe de verdade nas relações, acaba por erradicar tudo que é contrário à cidadania”, ressalta.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

02/11/2011 - IDG: Desigualdade entre homens e mulheres deixa Brasil atrás de 79 países


(Globo.com/Folha.com/Jornal do Brasil/Estadão.com) Graças a uma sensível melhora nos indicadores de mortalidade materna, o Brasil tornou-se um país um pouco menos desigual entre homens e mulheres. É o que mostra o IDG (Índice de Desigualdade de Gênero), indicador complementar ao Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) divulgado no Relatório de Desenvolvimento Humano 2011, do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). O IDG baseia-se em três medidas - saúde reprodutiva, autonomia e atividade econômica. Em uma lista de 146 países, o Brasil ficou com a 80ª posição.

De acordo com o documento, no ano passado, 110 brasileiras morriam a cada 100 mil nascidos no país; agora, o número é de 58. Um dos aspectos que pesou negativamente foi o fato de o Brasil ter apenas 9,6% dos assentos parlamentares ocupados por mulheres.

Diante desse quadro, o IDG brasileiro ficou em 0,449 em 2011; no ano passado, havia sido de 0,631. O IDG varia de zero a um, sendo que quanto mais alto, maior é a desigualdade entre os sexos.

Apesar da melhora no indicador de saúde, o Brasil recuou na participação das mulheres no mercado de trabalho. O IDG do ano passado mostrava que 64% das mulheres em idade ativa trabalhavam, sendo que esse número caiu para 60,1% este ano, enquanto os homens têm participação de 81,9%.

Pesou também a taxa de fertilidade na adolescência, que permanece elevada: 75,6 para cada mil nascimentos. Esse cálculo é feito de acordo com o número de partos de mulheres com idades entre 15 e 19 anos para cada mil mulheres na mesma faixa etária.

No Brasil, 48,8%s mulheres adultas têm alcançado pelo menos o nível de educação secundária, contra 46,3% dos homens.

Veja também: IDH: Brasil avança, mas em ritmo lento - O Brasil ocupa a 84ª posição no ranking do IDH 2011 (Índice de Desenvolvimento Humano), em uma lista que traz 187 países. O Brasil avançou uma posição em relação ao ano passado e tem desenvolvimento humano considerado alto, segundo o relatório divulgado pelo Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento).

Novela pauta mídia sobre violência contra a mulher

Ao dar ênfase a um personagem que agride a mulher, a novela Fina Estampa, da Rede Globo, não apenas aborda o problema da violência doméstica, mas vem pautando a mídia sobre esse assunto. No capítulo de ontem, Baltazar (Alexandre Nero) foi preso ao ser pego em flagrante espancando a mulher, Celeste (Dira Paes).

Para a socióloga Wânia Pasinato, do Núcleo de Estudos da Violência da USP, e a psicóloga Roseli Goffman, do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação, a mídia está mostrando que a sociedade não aceita mais esse tipo de agressão e passa a identificá-la como crime.

Ao se verem na TV, as vítimas deixam de se sentir um caso isolado

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Wânia Pasinato
– socióloga e pesquisadora do Núcleo de Estudos da Violência da USP
(11) 3091.4951 / 9263.8365 - waniapasinato@uol.com.br

“Quando o tema é abordado na novela faz com que as vítimas deixem de se sentir um caso isolado e procurem alternativas para sair da situação de violência. Em geral, essa atitude repercute diretamente no aumento de ocorrências nas delegacias.

Mas é fundamental que a novela avance no debate, para que não haja o falso entendimento de que violência doméstica é só caso de prisão. A mulher tem de denunciar estando ciente de que seu caso não é só de polícia. Ela tem direitos, como apoio psicológico e orientação jurídica. A Lei Maria da Penha prevê, inclusive, centros de atendimento ao agressor, serviço que infelizmente ainda não está sendo implantado como previsto na Lei.”


A novela atinge mulheres que ainda desconhecem seus direitos

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Roseli Goffman
– psicóloga do Conselho Federal de Psicologia e coordenadora de mobilização e organização do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação
(61) 2109.0146 - roseligoffman@gmail.com

“A influência das novelas na produção de subjetividade, se são assistidas por crianças e adolescentes, precisa ser continuamente debatida. Depois de exibir a passividade da mulher agredida durante todos os capítulos, a novela Fina Estampa tem a responsabilidade social de exibir ao telespectador essa mulher no alcance dos seus direitos, em seu processo de abandono da passividade para poder recorrer aos recursos que a sociedade lhe oferece e sair da situação de violência.

A televisão é uma rede social que influencia e modela comportamentos e a novela pode produzir uma identificação, não com a mulher que sofre passivamente, mas com aquela que reage à violência ao ser contemplada por seus direitos. Além disso, a audiência das novelas chega a 40% dos brasileiros e, portanto, atinge mulheres que ainda desconhecem seus direitos. Os autores precisam ser assessorados pelos grupos que tornam legítimos os direitos humanos no país para poder transmiti-los.”

01/11/2011 - Pré-natal malfeito e falta de testes fazem HIV avançar entre crianças no Norte e Nordeste

(Folha de S.Paulo) Embora a transmissão do HIV da mãe para o bebê venha caindo no Brasil, a tendência é de alta nas regiões Norte e Nordeste, segundo dados reunidos pelo Ministério da Saúde. Esse aumento é atribuído a pré-natal malfeito e falta de testes de HIV/Aids. No Sul, apesar da queda, a incidência da infecção por HIV entre crianças é a maior do país.

Os dados que apontam a disparidade regional da transmissão da Aids estão no estudo "Saúde Brasil 2010", divulgado pelo Ministério da Saúde.

A taxa nacional de incidência da Aids em menores de cinco anos passou de 5,4 casos por 100 mil habitantes em 2000 para 3 em 100 mil em 2009. No mesmo período, a taxa passou de 1,9 para 4 em 100 mil no Norte e de 1,4 para 2,3 por 100 mil no Nordeste. A feminilização da Aids, pré-natal malfeito e falta da teste de HIV em gestantes podem explicar o maior registro da transmissão vertical do HIV nessas duas regiões.

A incidência do HIV entre crianças de até 5 anos é usada pelo Ministério da Saúde como indicador da chamada transmissão vertical -principal causa de infecção nessa faixa etária, um tipo de contaminação que pode ser evitado com tratamento médico.

"Temos de dar um desconto porque melhoramos a detecção [do HIV], mas não há a tendência de redução que percebemos nos outros lugares. Em um país que oferece acesso universal ao antirretroviral, a gente espera a redução", afirma Jarbas Barbosa, secretário de vigilância em saúde do ministério, para quem os dados são preocupantes.

O Sul segue a tendência de queda, mas manteve a maior taxa de incidência em menores de 5 anos -de 9,4 em 2000 para 5,8 em 2009.

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A meta do ministério é realizar o teste do HIV em 100% das grávidas em 2012 -a universalização consta do programa Rede Cegonha. Pretende-se usar o teste rápido, que detecta o vírus em minutos.

Leia a notícia completa: HIV avança entre crianças nas regiões Norte e Nordeste (Folha de S.Paulo - 01/11/2011)

A UBM-Campos marcou presença na 17ª Conferência Estadual do PCdoB-RJ.

Na primeira foto, da esquerda para direita, Janiara, Fernanda, Gisele, Izabel Pimentel, a deputada federal Jandira Feghali, Vera Maria e Leilza Azeredo.

Segunda foto com a presidente estadual do PCdoB, Ana Rocha e o ex-deputado federal Edmilson Valentim.


quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Mulheres protestam contra violência doméstica após morte de manicure em Dourados

Alan de F. Brito, de Dourados

Na manhã desta segunda-feira (31), mais um caso de violência doméstica termina com a morte de uma mulher. Segundo a assistente social do Centro Especializado no Atendimento à Mulher, Bárbara Nicodemos, não foi um caso isolado, como indicam os números. O centro atende em torno de 80 mulheres encaminhadas pela Delegacia da Mulher de Dourados, todos os meses.
Não foi a primeira vez que a mulher foi agredida pelo marido, mas foi a última.
A manicure Jamile Letícia de Souza Santos, de 29 anos, moradora do Jardim Canaã I, foi brutalmente assassinada pelo ex-marido em frente aos três filhos. Wander Arantes da Rosa, o ‘Maguila’, de 42 anos, foi a casa onde residia a manicure por volta das 6h00 da manhã de segunda, com o objetivo de se reconciliar com Jamile. Devido às negativas da ex-esposa, Maguila a esfaqueou. As facadas atingiram o rosto, uma das mãos e o peito da vítima.
Vizinhos ouviram os gritos da mulher e ligaram para polícia e SAMU. Segundos eles, a demora no atendimento, tanto da polícia, quanto do SAMU, levaram Jamile ao óbito. A situação revoltou os moradores do bairro nesta terça-feira (01), véspera do Dia dos Finados, durante o velório da manicure, que aconteceu na capela da Associação de Moradores do Canaã I.
O clima de descontentamento era latente e logo surgiram as primeiras demonstrações disso na fala dos moradores: “Falta policiamento e nosso bairro é um dos mais perigosos de Dourados”, afirmou uma das moradoras vizinha de Jamile. A mulher, que não quis se identificar era apenas uma das vozes do coro de moradores que reclamavam também do atendimento que deveria ter sido prestado pelo SAMU, bem como da situação da saúde no bairro e em Dourados. “É um descaso”, diziam os moradores.
Segundo eles o SAMU foi acionado, mas não foi ao local. 45 minutos depois da ligação para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, o Corpo de Bombeiros chegou ao local. Jamile chegou a ser socorrida e encaminhada para o Hospital da Vida, porém devido à demora e a gravidade dos ferimentos, não resistiu. Segundo informação do atendimento do Samu e do Corpo de bombeiros, não foi possível acessar os dados do atendimento devido ao recesso administrativo por conta do feriado.
Segundo a amiga da vítima e dona do salão onde trabalhava Jamile, Diva Bonvéquio Gravassi, a mulher já havia denunciado o ex-marido, que foi preso, mas devido a insistência dele de que iria mudar de cidade e deixar de incomodar e agredir a vítima, as queixas foram retiradas. “Ela tinha um coração grande demais”, disse a dona do salão. “Isso foi uma tragédia anunciada, a polícia sabia, e nada foi feito para evitar o pior”, disse uma das colegas de trabalho de Jamile.
A radialista Keiliana Fernandes, que era cliente e amiga da vítima, organizou um protesto/cortejo, que percorreu as principais ruas de Dourados, partindo do Canaã I e que se dirigiu ao cemitério Santo Antônio, como um protesto pela falta de segurança das mulheres.
Alan de F. Brito


A casa onde morava Jamile com os três filhos, fechada após assassinato da manicure
Jamile teria acusado o ex-marido enquanto era atendida pelo Corpo de Bombeiros. ‘Maguila’ foi preso na casa de sua mãe, residente do mesmo bairro. Ele continua detido no 1° DP enquanto aguarda remoção para o presídio Harry Amorim Costa. Wander já havia respondido por homicídio em processo do qual foi absolvido. O ex-marido confessou o assassinato da esposa, segundo a polícia civil.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Meninas ou mulheres

Nós queremos ser melhores que os Argentinos no futebol, não admitimos perder para eles em campo.Mais nós perdemos em lugar pior para eles, na vida.
Pois lá aconteceu uma mobilização não só do povo e da mídia. Mais também de autoridades que se sensibilizaram e fora ver o que poderiam fazer quanto ao caso que chocou muitos.
Aqui a impunidade corre frouxa, pois muita gente comete crimes, pois sabem que saíram impunes.
Quantas autoridades ou gente de grande destaque cometem assassinatos e continuam em liberdade.
Quantas vezes já não ouvimos falar na televisão que autoridades faziam programas com crianças em troca de favores. Muitos deles se dizem pais de família. Mais só respeitam a própria família e às vezes nem isso. Mais o que podemos fazer?
“Nada, não sou eu que faço a lei”.
Podemos fazer muito sim, pois somos nós que damos poder a eles para fazer a lei. Vamos começar a cobrar, vamos fazer abaixo assinados e levar para eles verem nossa indignação. Se isto não der certo, vamos parar de vender os nossos votos e começar a votar em quem realmente pensa no povo e por ele luta. Vamos descruzar os braços e vamos agir.
Ou você quer eu seu filho ou filha seja a próxima vítima da impunidade?
Temos que nos proteger e proteger nossas crianças.



Domingo, 9 de Outubro de 2011 22:43

Nós fazemos pouco, poderíamos ir além. Quando tratamos do caso da Rachelzinha falamos de meninas que estão expostas a todo tipo de risco.
Falamos das meninas que ficam grávidas do próprio pai ou parente, porque são abusadas em casa, em seu lar, no local onde deveriam ser protegidas, cuidadas. Meninas que tem suas vidas destruídas pela violência, agressão, descaso...
Quando falamos da Rachelzinha falamos de vidas interrompidas por monstros sádicos, que se acham acima da humanidade, impunes.
Falamos da pedofilia, de segurança pública, da necessidade de um mundo diferente, de uma nova ordem social.
Até quando? São milhares de Rachels, Candelas... que são assassinadas a cada segundo no mundo.
Os Argentinos se mobilizaram, a presideta se envolveu pessoalmente.
E nós...??? Até quando???

Carol Lobo
Também responsável pela falta de mobilização.

http://ubmulherespr.blogspot.com/

domingo, 9 de outubro de 2011
Morte de menina de 11 anos em Buenos Aires comove a Argentina .
"Por Deus, mataram minha filha", gritou em desespero Carola Labrador, mãe de Candela Rodríguez, cujo corpo foi encontrado em uma mala, com claros sinais de violência, na localidade de Hurlingham, no oeste da capital, ao final de uma grande operação policial.

Buenos Aires - Uma menina de 11 anos desaparecida há dez dias foi encontrada morta nesta quarta-feira (31/8) na periferia de Buenos Aires, em um caso que comove a povo argentino e mobiliza a mídia do país.
Segundo o promotor Morón Federico Nievas Woodgrate, o corpo estava dentro de uma mala, nu, com o rosto destruído, em um local a cerca de três quilômetros da residência da vítima.
O corpo foi encontrado por uma mulher que revirava lixo e viu o braço da menina saindo da mala, revelou a TV argentina. A polícia seguiu imediatamente para o local, do mesmo modo que o governador da província de Buenos Aires, Daniel Scioli, e seu secretário de Justiça e Segurança, Ricardo Casal.
Após a descoberta do corpo, a polícia revelou que Carola Labrador recebeu um pedido de resgate na segunda-feira, com ameaça de morte.
Candela desapareceu no dia 22 de agosto, quando saiu de casa para se encontrar com um grupo de amigas.
Ao menos 1.600 policiais participaram das operações de busca, em meio à mobilização de atores, jornalistas, desportistas e representantes de organizações não governamentais.
As autoridades estabeleceram uma recompensa de 100 mil pesos (24 mil dólares) por informações sobre o paradeiro de Candela e a mãe da menina foi recebida na semana passada pela presidente Cristina Kirchner.

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

16/09/2011 - Dilma anuncia mais 4,9 mil creches no país (Globo)

(O Globo) A presidenta Dilma Rousseff anunciou ontem, ao lado do ministro da Educação, Fernando Haddad, o plano de ampliação da rede de creches e pré-escolas municipais. Pelo plano, serão erguidas 4.943 creches em 1.466 municípios; outras 1.484 já estão em construção.

O governo pretende pagar pelo primeiro ano de funcionamento da creche. A prefeitura só arcará com os custos após o MEC computar os alunos na creche.

Sarampo: Cidades que não atigiram meta devem manter vacinação

A vacina é a única forma de proteção contra o sarampo, uma doença aguda, altamente contagiosa
Termina nesta sexta a Campanha de Vacinação contra o Sarampo. A ação é voltada para as crianças de 1 ano a menores de 7 anos de idade. A meta estabelecida pelo Ministério da Saúde de vacinar 95% do público-alvo foi superada. Foram vacinadas no Brasil, até o momento, 16.565.389 (equivalente a 96,9%) das crianças na faixa etária estabelecida. O Ministério da Saúde recomenda aos municípios que não atingiram a meta dêem prosseguimento à vacinação.
Em duas regiões do país (Sul e Sudeste), todos os Estados atingiram a cobertura mínima.
Já na Região Norte, apenas o estado de Tocantins superou a meta, enquanto que nas regiões Nordeste e Centro-Oeste, os estados do Maranhão e Mato Grosso, respectivamente, também registram coberturas inferiores a 95%.
O Ministério da Saúde, em parceria com Estados e municípios, fará em todo o Brasil o Monitoramento Rápido de Cobertura (MRC). Esta iniciativa serve para avaliar as coberturas vacinais alcançadas na Campanha de Seguimento contra o Sarampo. Na oportunidade, as crianças que forem encontradas sem o registro de vacinação, serão vacinadas.
O Ministério da Saúde investiu R$ 146,7 milhões na compra e distribuição das doses, agulhas e seringas. Para a organização das campanhas regionais, foram repassados mais R$ 16,3 milhões aos estados e municípios.
Em Manaus, desde 1º de agosto a campanha já vacinou 91% do público-alvo, aproximadamente 185 mil crianças. A meta é atingir 95% das crianças.
A vacina contra o sarampo está disponível nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e Policlínicas da rede municipal e, também, nas salas de vacinação que funcionam nos Centros de Atenção Integral à Criança (CAICs), da rede estadual. O atendimento nestas unidades acontece até as 17h.
A vacina é a única forma de proteção contra o sarampo, uma doença aguda, altamente contagiosa, que pode facilitar o surgimento de outras patologias, como pneumonia e diarréias, evoluindo para um quadro de gravidade, colocando em risco a vida da criança.
Este ano, o Ministério da Saúde decidiu realizar uma campanha de vacinação voltada para o sarampo em decorrência do expressivo aumento do número de casos da doença em vários países do mundo.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

16/09/2011 - Maioria aprova a Lei Maria da Penha, mas acha que punição deveria ser mais rigorosa, diz pesquisa

(Agência Câmara) A Lei Maria da Penha (11.340/06), que protege a mulher vítima de violência doméstica, foi aprovada por 95,5% dos entrevistados em pesquisa realizada pela Câmara dos Deputados; 77,5% dizem conhecer o conteúdo da lei, mesmo que em parte; 90,7% acham que os agressores deveriam ser punidos com mais rigor.

Há cinco anos, no dia 22 de setembro de 2006, a lei entrava em vigor.
Realizada entre 30 de junho e 11 de agosto de 2011, a sondagem sobre a percepção da população brasileira em relação aos cinco anos de vigência da lei foi realizada mediante ligação espontânea para o Disque-Câmara (0800 619 619), serviço telefônico gratuito.
Dos 1.295 entrevistados, 77,5% declararam conhecer o conteúdo da lei, ainda que parcialmente; 90,7% acham que a punição dos agressores deveria ser mais rigorosa. “São pessoas que já podem, minimamente, invocar a lei para exercer seus direitos”, diz a consultora da pesquisa, Giovana Perlin, especialista em estudos de gênero, família e sexualidade. “Levando-se em conta que o percentual dos que aprovam as medidas é maior do que o percentual dos que conhecem o conteúdo da lei, alguns entrevistados aprovam medidas punitivas mesmo sem conhecê-las”, complementa.
Segundo a diretora-executiva do Instituto Patrícia Galvão, Jacira Melo, a pesquisa da Câmara revela uma mudança na percepção da população sobre a violência doméstica. “Antigamente, a sociedade brasileira tinha a percepção de que era um problema privado. Hoje a sociedade reconhece a violência doméstica como um problema social sério, que necessita de intervenção do Estado.”
A coordenadora da bancada feminina na Câmara, deputada Janete Rocha Pietá (PT-SP), lembra que a Lei Maria da Penha é considerada uma das três melhores do mundo na área de proteção à mulher pelo Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher, mas é necessário colocá-la totalmente em prática. “Falta implementar tudo o que está na lei, a partir de políticas públicas integradas, incluindo as áreas de educação, cultura e saúde”, explica.
Mulheres estão mais encorajadas a denunciar agressões, diz deputada
A deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), que foi relatora da Lei Maria da Penha na Câmara, afirma que, nos últimos cinco anos, as mulheres se viram mais encorajadas a denunciar seus agressores, por conta da existência da lei e pelo melhor preparo das instituições. Segundo ela, o elevado número de denúncias de agressões contra a mulher apontado em pesquisas recentes não significa aumento da violência doméstica. “Aumentou o número de denúncias, e não de casos de violência”, diz.
Jandira Feghali defende a destinação de mais recursos do orçamento do Poder Judiciário e do Poder Executivo para a criação de juizados especiais, delegacias da mulher, abrigos e para a qualificação de profissionais especializados em atender as mulheres. A deputada vem cumprindo o que chama de “roteiro feminino no poder” – isto é, visitas a mulheres em cargos no poder para ajudar a sensibilizar para o problema da violência doméstica.
A diretora do Instituto Patrícia Galvão, Jacira Melo, também defende a criação de mais centros de referência de apoio à mulher e de casas de abrigo para as mulheres agredidas. Segundo ela, existe na sociedade um pacto de silêncio sobre a violência doméstica e, quando a mulher rompe esse silêncio, ela começa a correr riscos maiores de agressão por parte dos homens.

Com Dilma, as Mulheres do Mundo Discursam em Abertura da 66° Assembléia da ONU

“Além do meu querido Brasil, sinto-me, aqui, representando todas as mulheres do mundo. As mulheres anônimas, aquelas que passam fome e não podem dar de Com Dilma, as Mulheres do Mundo Discursam em Abertura da 66° Assembléia da ONU comer aos seus filhos; aquelas que padecem de doenças e não podem se tratar; aquelas que sofrem violência e são discriminadas no emprego, na sociedade e na vida familiar; aquelas cujo trabalho no lar cria as gerações futuras”, declarou Dilma.

A Organização das Nações Unidas, em sua 66° assembléia geral, teve pela primeira vez em sua história, o discurso de abertura de uma mulher, a presidenta do Brasil Dilma Rousseff.
Em seu discurso, Dilma abordou questões justas, como a defesa do Estado Palestino, questões ambientais, e de direitos humanos:
“O autoritarismo, a xenofobia, a pena capital, a discriminação. Todos são algozes dos direitos humanos”.
Em outro momento, lembrou que sofreu tortura no cárcere e que, por isso, sabe como são importantes os valores da democracia, da justiça, dos direitos humanos e da liberdade.
Defendeu também a luta contra a fome e a miséria no mundo, a necessidade de uma regulamentação no sistema financeiro, defendendo uma união mundial e contribuições dos países emergentes para sair da crise.
A nossa presidenta destacou esse século como o das mulheres, abrindo seu discurso com as seguintes palavras:
"Senhoras e senhores,
Pela primeira vez, na história das Nações Unidas, uma voz feminina inaugura o Debate Geral. É a voz da democracia e da igualdade se ampliando nesta tribuna que tem o compromisso de ser a mais representativa do mundo.
É com humildade pessoal, mas com justificado orgulho de mulher, que vivo este momento histórico.
Divido esta emoção com mais da metade dos seres humanos deste Planeta, que, como eu, nasceram mulher, e que, com tenacidade, estão ocupando o lugar que merecem no mundo. Tenho certeza, senhoras e senhores, de que este será o século das mulheres.
Na língua portuguesa, palavras como vida, alma e esperança pertencem ao gênero feminino. E são também femininas duas outras palavras muito especiais para mim: coragem e sinceridade. Pois é com coragem e sinceridade que quero lhes falar no dia de hoje."
- *Por Carol Lobo

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Mulheres sauditas vão poder votar e concorrer em eleições

Mulheres na Arábia Saudita devem poder concorrer e votar em eleições municipais anunciou o rei Abdullah neste domingo.

A partir do ano que vem, mulheres da Arábia Saudita poderão votar e se candidatar às eleições municipais, conforme anunciou neste domingo o rei Abdullah
Ele disse ainda que elas vão poder ser nomeadas para o Conselho Shura, órgão consultado em temas importantes no país.
As medidas são reivindicação antiga de ativistas que lutam por maiores direitos para as mulheres na conservadora Arábia Saudita.
Abdullah disse que os novos direitos devem passar a valer a partir do ano que vem.
Avanço
A analista da BBC Emily Buchanan afirma que a medida é de importância extraordinária para as mulheres sauditas, que não tem permissão para dirigir ou sair do país desacompanhadas.
As eleições municipais são os únicos pleitos públicos na Arábia Saudita.
Mais de cinco mil homens vão competir nas eleições municipais da próxima quinta-feira, a segunda já realizada no país, para eleger assentos nos conselhos locais.
A outra metade dos assentos é nomeada pelo governo.
As próximas eleições municipais devem acontecer dentro de quatro anos.
O blog da UBM tem o prazer de voltar a postar notícias para todos aqueles que nos acessam, e uma notícia como esta não poderia deixar de estar no nosso blog.

sábado, 28 de maio de 2011





A União Brasileira de Mulheres de ampos dos Goytacazes convida para participação na Plenária Municipal, afim de fomentar um debate sobre os relevantes desafios enfrentados pelas mulheres em nossa cidade.
Sua presença é indispensável!

Data: 29/05 ( domingo)
Horário: 14 horas
Local: Avenida 28 de Março, 59, 1º andar - Ao lado do ISEPAM, altos da Terapêutica

UBM disponibiliza teses do 8º congresso nacional da entidade .

“A Participação Política da Mulher e o Novo Projeto Nacional de Desenvolvimento”. Este é o tema central do VIII Congresso Nacional da União Brasileira de Mulheres, que será realizado na cidade de Praia Grande, em São Paulo, nos dias 10,11 e 12 de junho de 2011. O evento definirá ainda as estratégias de luta e elegerá a nova direção nacional para o triênio de 2011 a 2014.

Na ocasião, as ubemistas de todo o país discutirão o tema central e dos subtemas que estão presentes no regimento do Congresso da UBM. Entre os assuntos que serão debatidos nacionalmente estão os desafios das mulheres no enfrentamento das desigualdades sociais, bem como a participação política, a luta pela valorização do trabalho, a saúde e nos direitos sexuais e reprodutivos, a luta contra a violência doméstica e familiar contra as mulheres, reforma urbana e meio ambiente e cultura, gênero e mídia.


Regimento Interno do VIII Congresso Nacional da União Brasileira de Mulheres

Revista Presença de Mulher

Violência contra a mulher: enfrentamento e resistência – a luta pela dignidade é permanente
Por Eline Jonas e Ana Carolina Barbosa

A luta feminista e a trajetória das mulheres na cidade
Por Nágyla Drumond

A Mulher, o Projeto Nacional de Desenvolvimento e o Meio Ambiente
Por Laura Jesus de Moura e Costa

Autonomia econômica da mulher – desafio para sua cidadania
Por Ana Rocha

Como Educar em uma Postura não Sexista
Por Raimunda Gomes

UBM 23 anos: ainda mais jovem!
Por Mariana Venturini

Problematizando Mulher, Cultura e Mídia - “Que que isso, menina! Agora nós vamos é ver essa Belém-Brasília toda cor de rosa!”
Por Lúcia Rincon

Participação Política da Mulher e o Novo Projeto Nacional de Desenvolvimento
Por Elza Maria Campos e Liège Rocha

Direitos sexuais e reprodutivos: desafios para integralidade da atenção à saúde da mulher
Por Kátia Souto e Simone Lollato

sábado, 21 de maio de 2011

PLENÁRIA MUNICIPAL

VENHA PARTICIPAR!

MUNICÍPIO:CAMPOS DOS GOYTACAZES

DATA:29/05/2011

HORÁRIO:14HORAS

LOCAL: AVENIDA 28 DE MARÇO,59, 1ºANDAR- AO LADO DA FARMÁRCIA TERAPÊUTICA

domingo, 8 de maio de 2011

Hoje- DIA DAS MÃES

Recado Para Orkut - Dia das Mães: 1
Novo Orkut: Clique no botão HTML antes de colar o código

Recado Para Orkut - Dia das Mães: 2

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Instituto divulga dossiê sobre violência contra a mulher em 2010


O Instituto de Segurança Pública (ISP) divulgou no dia 29, a sexta edição do Dossiê Mulher. Os dados são referentes aos registros da Polícia Civil durante o ano de 2010. No dossiê, foram selecionados alguns títulos que mostram os tipos de violência que as mulheres mais são vítimas: estupro, ameaça e lesão corporal dolosa.

Analisando os dados de 2010, é possível observar que as mulheres continuam sendo as maiores vítimas dos crimes de estupro (81,2%), ameaça (65,4%) e lesão corporal dolosa (62,9%). Grande parte desses delitos ocorreu no espaço doméstico e no ambiente familiar.

Veja abaixo alguns destaques do Relatório.

Ameaça
As ameaças contra mulheres registraram o número de 49.950. São, aproximadamente, 137 vítimas por dia. Nesse sentido, verificou-se um aumento de 6,2% nas ameaças contra mulheres de 2009 para 2010. Somente nos municípios de Nova Iguaçu, Mesquita e Nilópolis, área que apresentou o maior número de vítimas em 2010, foram registradas 3.857 ameaças contra mulheres.

Mais da metade das mulheres vítimas de ameaça (50,2%) tinha o companheiro ou ex-companheiro como o provável autor desse delito. Sofreram ameaças por parte de pais ou parentes 9,9% das mulheres, e 12,5% delas foram vítimas de pessoa conhecida ou próxima.

Quanto ao perfil da mulher vítima, observou-se que 57,1% das mulheres que sofreram ameaça tinham entre 25 e 44 anos; 49,6% eram brancas, e 50,1%, solteiras.

O título “Ameaça - Lei 11.340”, utilizado especificamente para os casos de violência familiar ou doméstica, representou 35,7% do total de vítimas de ameaça. Em 2010, do total de vítimas de ameaça por violência familiar ou doméstica, 93,0% eram mulheres. Mais de 83,0% dos acusados de “Ameaça - Lei 11.340” eram companheiros ou ex-companheiros das vítimas.

Estupro
O dossiê mostra que do total das 4.589 vítimas de estupro em 2010, 81,2% eram do sexo feminino. O período também registrou um aumento de 25,0% no total de vítimas mulheres em relação ao ano anterior. Do total de 3.751 estupros praticados contra vítimas do sexo feminino, 53,5% referiam-se a “estupro de vulnerável”, ou seja, as vítimas eram meninas de até 14 anos de idade.

Em 50,5% dos casos, as vítimas de estupro conheciam os acusados (companheiros, ex-companheiros, pais, padrastos, parentes e conhecidos), 29,7% tinham relação de parentesco com a vítima (pais, padrastos, parentes) e 10,0% eram companheiros ou ex-companheiros. Os registros de estupro ocorridos no Estado do Rio de Janeiro em 2010 apresentaram uma média 313 mulheres vítimas por mês ou uma média diária de 10 vítimas de estupro do sexo feminino.

Sobre o perfil das vítimas de estupro do sexo feminino foi observado que 37,6% eram brancas, 43,6% eram pardas e 11,9% eram pretas; 77,3% eram solteiras; 23,2% tinham entre zero e 9 anos, e 30,3% tinham entre 10 e 14 anos de idade. Da análise desse crime, chama a atenção o aumento de aproximadamente 162% no número de vítimas de estupro do sexo feminino em Belford Roxo, que de 68 vítimas em 2009 passou para 178 em 2010.

Homicídio Doloso

Quanto ao homicídio doloso, 6,3% eram mulheres, totalizando 299 vítimas. Esse delito apresentou uma redução de 19,4% no total de 2010 em relação a 2009. Nesse sentido, a média mensal foi de 24 mulheres vítimas. Das 299 mulheres assassinadas, 37,4% tinham entre 18 e 34 anos; 44,3% eram pardas, 35,2%, brancas e 15,1%, pretas; 34,9% eram solteiras e 16,6% conheciam os acusados, sendo que 13,3% das vítimas eram ex-companheiras ou companheiras do provável autor do homicídio. Sobre a distribuição dos homicídios de mulheres segundo as AISP, verifica-se que a AISP20, nos anos de 2009 e 2010, foi a Área Integrada de Segurança Pública que registrou os maiores números de casos, totalizando 31 e 24 mulheres vítimas, respectivamente.

Lesão Corporal Dolosa
O delito lesão corporal dolosa apresentou um aumento de 1,1% no total de mulheres vítimas em comparação com 2009. Deste total, 45,8% das vítimas eram brancas, 39,3%, pardas e 13,3%, pretas; mais da metade (54,7%) tinha entre 18 e 34 anos; 55,6% eram solteiras e 32,2%, casadas ou “viviam junto”. Das vítimas, 50,9% eram companheiras ou ex-companheiras dos acusados.

sábado, 30 de abril de 2011

DIA DO TRABALHADOR!

27 de Abril de 2011 - 16h49

1º de Maio: Uma história de luto, rebeldia e luta

O Dia Mundial do Trabalho foi criado em 1889 por um congresso da Internacional Socialista realizado em Paris. A data foi escolhida em homenagem à greve geral que aconteceu em 1º de maio de 1886, em Chicago, o principal centro industrial dos Estados Unidos naquela época. Hoje, é celebrada em todo o mundo, menos no país onde sucederam os acontecimentos que a inspiraram, os EUA


A polícia não poupou bala nem cassetete para reprimir a greve que originou o 1 de Maio

Leia também:
O Dia do Trabalho no Brasil
A homenagem de Maiakovski

Milhares de trabalhadores foram às ruas para protestar contra as condições de trabalho desumanas a que eram submetidos e exigir a redução da jornada de trabalho de 13 para 8 horas diárias. Naquele dia, manifestações, passeatas, piquetes e discursos movimentaram a cidade. Mas a repressão ao movimento foi dura: houve prisões, feridos e até mesmo mortos nos confrontos entre os operários e a polícia.

Em memória dos mártires de Chicago, das reivindicações operárias que nesta cidade se desenvolveram em 1886 e por tudo o que esse dia significou na luta dos trabalhadores pelos seus direitos, servindo de exemplo para o mundo todo, o dia 1º de Maio foi instituído como o Dia Mundial do Trabalhador.

Chicago, maio de 1886
O retrocesso imposto à classe trabalhadora em boa parte do mundo neste momento, em especial na Europa, faz lembrar os primórdios do Modo de Produção Capitalista, quando o grau de exploração do trabalho era bem maior do que hoje. Salários baixos associadas a longas e extenuantes jornadas eram a regra nas fábricas. A saúde física e mental dos trabalhadores estava comprometida por jornadas que se estendiam até 17 horas diárias, prática comum nas indústrias da Europa e dos Estados Unidos no final do século XVIII e durante o século XIX. Férias, descanso semanal e aposentadoria não existiam. Para se protegerem em momentos difíceis, os trabalhadores inventavam vários tipos de organização – como as caixas de auxílio mútuo, precursoras dos primeiros sindicatos.

Com as primeiras organizações, surgiram também as campanhas e mobilizações reivindicando maiores salários e redução da jornada de trabalho. Greves, nem sempre pacíficas, explodiam por todo o mundo industrializado. Chicago, um dos principais polos industriais norte-americanos, também era um dos grandes centros sindicais. Duas importantes organizações lideravam os trabalhadores e dirigiam as manifestações em todo o país: a AFL (Federação Americana de Trabalho) e a Knights of Labor (Cavaleiros do Trabalho). As organizações, sindicatos e associações que surgiam eram formadas principalmente por trabalhadores de tendências políticas socialistas, anarquistas e social-democratas. Em 1886, Chicago foi palco de uma intensa greve operária. À época, Chicago não era apenas o centro da máfia e do crime organizado era também o centro do anarquismo na América do Norte, com importantes jornais operários como o Arbeiter Zeitung e o Verboten, dirigidos respectivamente por August Spies e Michel Schwab.

Imprensa burguesa
Atualmente, é notória a cobertura parcial dos fatos e a hostilidade dos grandes meios de comunicação ou da chamada mídia hegemônica aos movimentos sociais e, em particular, aos sindicatos. Mas tudo isto não chega a ser novidade. Os jornais patronais daquela época chamavam os líderes operários de cafajestes, preguiçosos e canalhas que buscavam criar desordens. Uma passeata pacífica, composta de trabalhadores, desempregados e familiares silenciou momentaneamente tais críticas, embora com resultados trágicos no pequeno prazo. No alto dos edifícios e nas esquinas estava posicionada a repressão policial. A manifestação terminou com um ardente comício.

No dia 3, a greve continuava em muitos estabelecimentos. Diante da fábrica McCormick Harvester, a policia disparou contra um grupo de operários, matando seis, deixando 50 feridos e centenas presos, Spies convocou os trabalhadores para uma concentração na tarde do dia 4. O ambiente era de revolta apesar dos líderes pedirem calma.

Brutal repressão
Os oradores se revesavam; Spies, Parsons e Sam Fieldem, pediram a união e a continuidade do movimento. No final da manifestação um grupo de 180 policiais atacou os manifestantes, espancando-os e pisoteando-os. Uma bomba estourou no meio dos guardas, uns 60 foram feridos e vários morreram. Reforços chegaram e começaram a atirar em todas as direções. Centenas de pessoas de todas as idades morreram.

Justiça de classe
A repressão foi aumentando num crescendo sem fim: decretou-se “Estado de Sítio” e proibição de sair às ruas. Milhares de trabalhadores foram presos, muitas sedes de sindicatos incendiadas, criminosos e gângsters pagos pelos patrões invadiram casas de trabalhadores, espancando-os e destruindo seus pertences.

A justiça revelou seu caráter de classe, burguesa e antioperária, quando levou a julgamento os líderes do movimento, August Spies, Sam Fieldem, Oscar Neeb, Adolph Fischer, Michel Shwab, Louis Lingg e Georg Engel. O simulacro de julgamento começou dia 21 de junho e desenrolou-se rapidamente. Provas e testemunhas foram inventadas. A sentença foi lida dia 9 de outubro, no qual Parsons, Engel, Fischer, Lingg, Spies foram condenados à morte na forca; Fieldem e Schwab, à prisão perpétua e Neeb a quinze anos de prisão.

A defesa de Spies
August Spies fez a própria defesa no julgamento. Não se curvou aos carrascos da burguesia e reiterou suas convicções no futuro luminoso do movimento operário. Leia abaixo um pequeno trecho do seu último discurso:

"Se com o nosso enforcamento vocês pensam em destruir o movimento operário - este movimento de milhões de seres humilhados, que sofrem na pobreza e na miséria, esperam a redenção – se esta é sua opinião, enforquem-nos. Aqui terão apagado uma faísca, mas lá e acolá, atrás e na frente de vocês, em todas as partes, as chamas crescerão. É um fogo subterrâneo e vocês não poderão apagá-lo!"

Parsons também falou:
"Arrebenta a tua necessidade e o teu medo de ser escravo, o pão é a liberdade, a liberdade é o pão". Ele fez um relato da ação dos trabalhadores, desmascarando a farsa dos patrões com minúcias e proclamou seus ideais:

"A propriedade das máquinas como privilégio de uns poucos é o que combatemos, o monopólio das mesmas, eis aquilo contra o que lutamos. Nós desejamos que todas as forças da natureza, que todas as forças sociais, que essa força gigantesca, produto do trabalho e da inteligência das gerações passadas, sejam postas à disposição do homem, submetidas ao homem para sempre. Este e não outro é o objetivo do socialismo".

Execução
No dia 11 de novembro, Spies, Engel, Fischer e Parsons foram levados para o pátio da prisão e executados. Lingg não estava entre eles, pois suicidou. Seis anos depois, o governo de Illinois, pressionado pelas ondas de protesto contra a iniqüidade do processo, anulou a sentença e libertou os três sobreviventes.

Em 1888 quando a AFL realizou o seu congresso, surgiu a proposta para realizar nova greve geral em 1º de maio de 1890, a fim de se estender a jornada de 8 horas às zonas que ainda não haviam conquistado.



Primeiro de Maio em Portugal em 1974, após a Revolução dos Cravos
Internacional Socialista
No centenário do início da Revolução Francesa, em 14 de julho de 1889, reuniu-se em Paris um congresso operário marxista. Os delegados representavam três milhões de trabalhadores. Esse congresso marca a fundação da Segunda Internacional.

Na hora da votar as resoluções, o belga Raymond Lavigne encaminhou uma proposta de organizar uma grande manifestação internacional, ao mesmo tempo, com data fixa, em todas os países e cidades pela redução da jornada de trabalho para 8 horas e aplicação de outras resoluções do Congresso Internacional. Como nos Estados Unidos já havia sido marcada para o dia 1º de maio de 1890 uma manifestação similar, manteve-se o dia para todos os países.

No segundo Congresso da Segunda Internacional em Bruxelas, de 16 a 23 de setembro de 1891, foi feito um balanço do movimento de 1890 e no final desse encontro foi aprovada a resolução histórica: tornar o 1º de maio como "um dia de festa dos trabalhadores de todos os países, durante o qual os trabalhadores devem manifestar os objetivos comuns de suas reivindicações, bem como sua solidariedade".

O ideal da igualdade
Como vemos, a greve de 1º de maio de 1886 em Chicago, nos Estados Unidos, não foi um fato histórico isolado na luta dos trabalhadores, ela representou o desenrolar de um longo processo de luta em várias partes do mundo que, já no século 19, acumulavam várias experiências no campo do enfrentamento entre o capital (trabalho morto apropriado por poucos) versus trabalho (seres humanos vivos, que amam, desejam, constroem e sonham!).

O incipiente movimento operário que nascera com a revolução industrial, começava a atentar para a importância da internacionalização da luta dos trabalhadores. O próprio massacre ao movimento grevista de Chicago não foi o primeiro, mas passou a simbolizar a luta pela igualdade, pelo fim da exploração e das injustiças.

Muitos foram os que tombaram na luta por mundo melhor, do massacre de Chicago aos dias de hoje, um longo caminho de lutas históricas foi percorrido. Os tempos atuais são difíceis para os trabalhadores, a nova revolução tecnológica criou uma instabilidade maior, jornadas mais longas com salários mais baixos, cresceu o número de seres humanos capazes de trabalhar, porém para a nova ordem eles são descartáveis.



Capitalismo e imperialismo
A realidade continua revelando cotidianamente a face perversa do capital, que não vacila em explorar o ao trabalho infantil, degradar a natureza e ampliar o desemprego e a pobreza. Ao longo do século 20 o capitalismo se globalizou, foi dominado por grandes empresas monopolistas e se transformou em imperialismo, um sistema em que as grandes potências exploram sem piedade a classe trabalhadora dos países mais atrasados e semeiam a guerra. O imperialismo é responsável por duas grandes guerras mundiais (1914-1918 e 1939-1945) e continua promovendo conflitos, como se vê no Oriente Médio (Iraque, Afeganistão e Líbia). O imperialismo é uma pedra no caminho da paz mundial ansiada pelos povos.

Em 2008 o sistema foi abalado pela crise mais grave de sua história desde a Grande Depressão de 1929. As consequências da crise são desiguais, mas não restam dúvidas de que a classe trabalhadora é sua principal vítima. Na Europa, os governos capitalistas querem desmantelar o chamado Estado de Bem Estar Social, nos EUA cerca de 8 milhões de postos de trabalho foram destruídos e no mundo mais de 30 milhões de trabalhadores foram acrescentados ao exército de desempregados. Os trabalhadores não estão passivos diante da ofensiva reacionária dos Estados capitalistas. O 1º de Maio deste ano vai refletir a luta em curso na Europa e em todo o mundo pela dignidade da classe trabalhadora, contra o capitalismo e por uma nova ordem política e econômica mundial.

Da Redação, com agências

domingo, 20 de março de 2011

Socorro Gomes: "Condenamos os ataques militares à Líbia"

A presidente do Conselho Mundial da Paz, Socorro Gomes, emitiu na tarde deste sábado (19) comunicado repudiando a agressão das potências imperialistas à Líbia. Ela defende uma solução política para o conflito interno do país do norte da África e o respeito aos princípios da não ingerência. Acompanhe a íntegra.

A presidência do Conselho Mundial da Paz (CMP) vem manifestar seu repúdio aos ataques militares iniciados na tarde de 19 de março contra a Líbia, após a aprovação de resolução do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas estabelecendo uma zona de exclusão aérea contra esse país do norte da África. A decisão abriu o caminho para os bombardeios por aviões de países membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

A criação da “zona de exclusão aérea” naquele país é, em verdade, um ardil para que as forças imperialistas assentem ali os seus tentáculos.Trata-se de flagrante violação do princípio da autodeterminação dos povos do mundo e, em lugar de promover a Paz, representa uma injeção de combustível em uma situação de conflito existente.

Os Estados Unidos e alguns aliados na Otan pretendiam com a decisão abrir a porta para a ação militar contra a Líbia e seu povo. Teme-se, porém, que os ataques aéreos e navais possam transpor as fronteira da própria Líbia, gerando um conflito regional de consequências imprevisíveis.

Os movimentos sociais e políticos que vêm se registrando em países do Norte da África e Oriente Médio devem ser, todos eles, respeitados como processos internos de povos soberanos. Este é o caso da Líbia, onde a guerra civil em curso deve encontrar sua solução política nos limites daquele país.

A decisão do Conselho de Segurança fixa que não será permitido “qualquer tipo de ocupação estrangeira em qualquer parte do território líbio”, mas se contradiz ao autorizar “todas as medidas necessárias” para proteger populações civis supostamente ameaçadas pelas forças armadas do governo líbio.

Ações a favor de qualquer dos lados envolvidos devem ser encaradas como invasão de um país independente. Seja qual for a composição das forças invasoras, já está caracterizada inaceitável interferência externa.

É importante ressaltar, ainda, que a geopolítica daquela região tem sido substancialmente alterada, reduzindo na mesma proporção o poderio do imperialismo estadunidense ali reinante. A intervenção na Líbia é, portanto, uma forma de retomar o terreno perdido e instalar naquela zona um odioso enclave político-militar.

Defendemos a soberania dos povos e o princípio da não-ingerência. Defendemos a paz.

Socorro Gomes
Presidente do Conselho Mundial da Paz (CMP)

Dilma Rousseff convoca III Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres

http://www.ubmulheres.org.br/component/content/article/1-noticias/127-conferencia.html


Sob a coordenação da SPM e do CNDM, a conferência será realizada de 12 a 14 de dezembro em Brasília
Nesta terça-feira (15/3), a presidenta da República Dilma Rousseff convocou, por meio de Decreto, publicado no Diário Oficial da União, a III Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres, que será realizada em Brasília, nos de 12 a 14 de dezembro. A coordenação da conferência está a cargo da Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM) e do Conselho Nacional dos Direitos da Mulher (CNDM). Seu objetivo é discutir e elaborar propostas de políticas que contemplem a construção da igualdade de gênero para o fortalecimento econômico, social, cultural e político das mulheres e para a erradicação da pobreza extrema.

A III Conferência adotará o seguinte temário: análise da realidade nacional social, econômica, política, cultural e dos desafios para a construção da igualdade de gênero; e avaliação e aprimoramento das ações e políticas que integram o II Plano Nacional de Políticas para as Mulheres e definição de prioridades. Ela será presidida pela ministra da SPM e presidenta do CNDM, Iriny Lopes.

A elaboração de seu regimento é o próximo passo a ser dado.

Leia a íntegra do Decreto

Fonte: Comunicação Social da SPM


Elza Maria Campos - Coordenação Nacional da UBM
"Continuaremos a lutar pelo bom, pelo melhor e pelo justo"
(Olga Benário)

CMS convoca ato contra a política belicista de Obama

A Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS), fórum que reúne as principais entidades do movimento social brasileiro, lançou uma nota nesta sexta-feira (18) intitulada "É muita guerra para quem diz promover a paz", em que denuncia a manutenção de uma política belicista pelo governo Obama e convoca um ato no Rio de Janeiro por ocasião da visita do presidente estadunidense ao Brasil.

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Na nota, entidades como Cebrapaz, CUT, MST, UNE, Ubes, CTB, Conam, Unegro e UBM, em conjunto com dezenas de outras organizações, constata que a ilusão provocada pela eleição do primeiro presidente negro dos Estados Unidos, eleito com um discurso de mudança, foi desfeita pelas próprias ações de governo. “Mudou a retórica, aperfeiçoou-se a propaganda, mudaram alguns atores, mas sob a direção de Barack Obama a política externa do imperialismo norte-americano continua em essência a mesma”, avalia a CMS.

Máquina de guerra
As entidades que compõem a CMS repudiam o belicismo exercido pelo governo Obama que tenta se justificar como uma suposta “luta contra o terrorismo”. Países como Iraque, Afeganistão, Paquistão, Irã e Coreia do Norte são citados no documento como alvos da máquina de guerra do imperialismo norte-americano. O apoio norte-americano a Israel contra a formação do Estado palestino também é lembrado, assim como instrumentos de repressão utilizados pelo país do Tio Sam, como a 4ª Frota e a Organização do Tratado Atlântico Norte (Otan).

Há a tentativa de instrumentalização da própria Organização das Nações Unidas (ONU), segundo os movimentos, que citam como exemplo a gana estadunidense de intervir em nações do norte da África sob o pretexto das revoltas populares que ocorrem em diversos países da região.

Nossa América
Outro ponto importante da nota é a condenação da política adotada em relação à América Latina: “reiteramos nossa total divergência com a dubiedade da política externa dos EUA que mantém símbolos da guerra-fria como a manutenção do bloqueio a Cuba, as provocações contra a Venezuela e a Bolívia, a manutenção da prisão de Guantanamo e a presença de bases militares estadunidenses em nosso continente, que em nada contribui para o desenvolvimento de uma nova relação externa entre os povos”.

Por fim, o documento recorda que a data da visita de Barack Obama ao Brasil coincide com o dia mundial de luta antiimperialista organizada na Assembleia Mundial dos Movimentos Sociais no Senegal, durante a última edição do Fórum Social Mundial (FSM) e convoca o povo brasileiro a se incorporar às mobilizações que ocorrerão no Rio de Janeiro nesta data.

Da redação, Luana Bonone

sábado, 12 de março de 2011

Superesportes - Mais esportes: notícias sobre esportes especializados - Terremoto no Japão deixa surfistas preocupados no Havaí

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SENADORAS QUEREM ENDURECER A LEI MARIA DA PENHA

 

A Lei 11340/2006, também conhecida com Lei Maria da Penha, criou mecanismos para coibir a violência contra a mulher, estabelecendo que os agressores sejam presos em flagrante ou tenham sua prisão preventiva decretada. Juízes do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiram que os autores de violência doméstica podem ter as penas substituídas por prestação de serviços à comunidade ou pagamento de cestas básicas.

A senadora Angela Portela (PT-RR), afirma que é contra o abrandamento da Lei, e defende seu endurecimento. "Nós somos contrárias a qualquer iniciativa que venham a flexibilizar a Lei Maria da Penha. Nós queremos pelo contrário, endurecer a Lei e fazer com que os agressores sejam punidos, para dessa forma diminuir as agressões, diminuir a violência contra as mulheres", disse.

O ministro do STJ, Celso Limong defende que a Lei Maria da Penha não pode acabar com as normas da Lei dos Juizados Especiais, como a cessão de liberdade condicional quando a pena concedida for menor que um ano.

Para a senadora Gleisi Hoffmann ( PT/PR), a Lei Maria da Penha não pode estar sujeita ao artigo da Lei dos Juizados Especiais, "A Lei Maria da Penha proíbe isso, mas ela não revoga essa artigo especificamente. Em razão disso, um juiz sentenciou há pouco tempo, a liberdade condicional de um agressor, de um homem que agrediu a sua mulher. Eu estou propondo exatamente a alteração desse artigo, dizendo que nos crimes que envolvem violência contra a mulher não haverá liberdade condicional, ainda que a pena aplicada seja menor que um ano", comenta a senadora.

Mesmo assim, o STJ entende que qualquer relacionamento amoroso pode terminar com aplicação da Lei Maria da Penha, se envolver qualquer tipo de violência contra a mulher. Essa lei recebeu o nome por causa da farmacêutica Maria da Penha, que foi agredida pelo marido durante seis anos e por duas vezes sofreu tentativa de homicídio, chegando a ficar paraplégica.

Fonte: Portal do PT

sexta-feira, 11 de março de 2011

Pesquisa: 53% das famílias chefiadas por mulheres são pobres


“A pobreza no Brasil tem sexo” costuma dizer a presidenta Dilma Rousseff em alusão ao fato de as mulheres estarem predominantemente nos estratos mais pobres da sociedade brasileira. Segundo os dados em análise na Coordenação de Igualdade de Gênero do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), mais da metade das famílias com filhos chefiadas por mulheres (53%) são pobres; ao passo apenas 23,7% das famílias com filhos chefiadas por homens estão nessa condição.

Por Gilberto Costa

“Quando a mulher é chefe de família, esta tem muito mais chance de estar na pobreza do que quando a estrutura familiar tem como chefe um homem”, confirma a economista Luana Simões Pinheiro, do Ipea.

A razão da pobreza feminina está na divisão do trabalho. As mulheres são historicamente incumbidas das tarefas domiciliares, como cuidar dos filhos e, no mercado de trabalho, ocupam os postos de mais baixa remuneração, dando preferência às atividades que permitam continuar cuidando de casa e dos filhos.

Os dados analisados pela economista foram levantados pela Pesquisa Nacional de Amostra Domiciliar (Pnad 2009, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE). Segundo a mesma pesquisa, o rendimento médio das mulheres (R$ 786) é 67,1% do rendimento médio dos homens (R$ 1.105), a despeito de terem escolaridade média maior (7,4 anos de estudo contra 7 anos dos homens).

Uma série com dados da Pnad montada pelo Instituto de Estudos do Trabalho e da Sociedade (IETS) mostra que nos últimos 20 anos houve alguma melhora na relação entre os rendimentos médios de homens e mulheres. Em 1992, o rendimento das mulheres era de menos de 60% e em 2001, 65%.

Apesar da evolução, é possível ainda notar, na maioria das atividades econômicas, que as mulheres ganham menos do que os homens. Conforme análise publicada pelo IBGE com os dados da Pesquisa Mensal de Emprego (dados 2009) sobre trabalhadores com curso superior ou com ensino médio completo, as mulheres ganham menos se trabalham na indústria, no comércio, na prestação de serviços, na administração pública e nos serviços domésticos.

A administração pública e os serviços domésticos são as duas únicas atividades em que as mulheres são maioria das pessoas empregadas (94,5% e 63,2%, respectivamente). “Com certeza não são cargos de direção na administração pública. As mulheres estão agora começando a ocupar esses cargos”, avalia Eliana Graça que é assessora política do Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc) e voluntária do Centro Feminista de Estudos e Assessoria (Cfemea).

Em sua opinião, as mulheres são maioria na administração pública por causa dos concursos. “A questão da discriminação não aparece e elas se dão bem nessa seleção, que costuma ser isenta.”

Eliana lembra que muitas mulheres incluídas na administração pública trabalham como professoras. Na maior parte dos níveis de magistério, as mulheres prevalecem, chegando a ocupar 97% das vagas na educação infantil, 82,2% do ensino fundamental e 64,1% do ensino médio, de acordo com dados do Ministério da Educação (Sinopse do Professor da Educação Básica, 2010).

Para Eliana Graça e Luana Simões Pinheiro, a redução da discriminação no mercado do trabalho depende, no plano privado, da redistribuição dos afazeres domésticos entre homens e mulheres; e na esfera pública, de mais investimento do Estado em políticas sociais que tenham como objetivo “emancipar as mulheres”. “Não vamos conseguir isso com política universal”, disse a assessora do Inesc.

Fonte: Agência Brasil

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Licença-maternidade de 6 meses não é garantida no setor privado


A licença-maternidade de seis meses já é uma realidade para as funcionárias públicas de 22 estados e 148 municípios, além do Distrito Federal. O levantamento é da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), idealizadora do projeto da licença ampliada no país.

Por Carolina Pimentel

Desde 2008, as servidoras públicas federais também usufruem da licença de 180 dias, ano em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a lei que instituiu o benefício no funcionalismo federal. No caso de estados e municípios, cada um deve fazer sua própria lei.

Mães e médicos garantem que o tempo extra ao lado do bebê é fundamental para o desenvolvimento da criança, além de garantir o aleitamento materno exclusivo nos primeiros seis meses, que aumenta a defesa do organismo do recém-nascido contra doenças nos primeiros anos de vida e também na fase adulta.

“Acabei de ter meu primeiro filho. Na minha opinião, é importante esse convívio que a mãe tem com o seu filho no período de seis meses para dar mais atenção”, disse Floriza de Almeida, 35 anos, técnica em radiologia de um hospital público no Distrito Federal.

Setor privado sem licença

A licença ampliada ainda não chegou a todas as gestantes que trabalham no setor privado. A lei atual prevê que a concessão dos salários dos dois meses extras é opcional para as empresas. O patrão que aderir pode descontar a despesa do imposto de renda. Os salários referentes aos primeiros quatro meses de licença, previstos na Constituição Federal, permanecem sendo pagos pelo INSS.


No entanto, somente as empresas que declaram pelo sistema de lucro real podem solicitar o incentivo fiscal. Mais de 160 mil empresas estão nesse grupo, a maioria de grande porte, conforme dados da Receita Federal até o final de 2010. Ficam de fora aquelas que declaram pelo Simples ou pelo sistema de lucro presumido – micro e pequenas empresas.

“É injusto eu ter apenas quatro meses para ficar com meu filho e não seis”, reclama a corretora Ana Lícia Nascimento, 21 anos, grávida de seis meses.

Segundo a coordenadora de Acompanhamento da Licença-Maternidade da SBP, Valdenise Martins, não há levantamento preciso da quantidade de empresas que já aderiram à licença-maternidade ampliada. As estimativas falam em 10,6 mil empresas brasileiras. Para aumentar a adesão do empresariado, a coordenadora defende que a licença se torne obrigatória para todos os setores do país.


No ano passado, o Senado aprovou a obrigatoriedade da licença-maternidade de seis meses tanto para o setor privado quanto o serviço público. O projeto foi encaminhado para votação na Câmara dos Deputados. “A gente precisa agora fazer propaganda e pressão”, disse a coordenadora.

Fonte: Agência Brasil

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Agência da ONU aponta desigualdade de gênero na produção agrícola


"Conquistar a igualdade de gênero e o empoderamento das mulheres na agricultura não só é justo; também é crucial para o desenvolvimento agrícola e a segurança alimentar”. É assim que Jacques Diouf, diretor geral da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO, por sua sigla em inglês), encerra o prólogo da edição 2010-2011 do relatório "O Estado Mundial da Agricultura e da Alimentação”. 

O informe, que destaca a diferença de gênero na agricultura, foi lançado na última segunda-feira (7), no marco das celebrações do Dia Internacional da Mulher, em Santiago (Chile).

Com o título "As Mulheres na Agricultura: Eliminar a diferença de gênero em favor do desenvolvimento” (para acessar a versão completa, clique aqui), a análise revela que as mulheres podem contribuir significativamente para a diminuição da fome no mundo caso tenham mais acesso à terra, às tecnologias, aos serviços financeiros e à educação. Isso porque ainda é evidente a desigualdade entre homens e mulheres no âmbito agrícola.

De acordo com o relatório, as mulheres, apesar de representar aproximadamente 43% da força de trabalho agrícola nos países em desenvolvimento, produzem menos que os homens. Não por falta de capacidade, mas pela dificuldade de acesso a informações e produtos agrícolas.

Segundo o informe, em comparação com os homens, as mulheres administram propriedades menores, criam menos gado, têm menos acesso a equipamentos e produtos agrícolas, recebem menos tempo de educação, utilizam menos serviços financeiros, recebem salários mais baixos e têm uma quantidade de carga de trabalho global maior.

Diferença de gênero
"As mulheres na agricultura e nas áreas rurais têm um menor acesso aos recursos produtivos e menos oportunidades que os homens. A diferença de gênero abarca muitos ativos, insumos e serviços e supõem um custo para o setor agrícola, para a economia em geral e para a sociedade, assim como para as próprias mulheres”, destaca FAO em folha de informação do relatório.

A partir desse quadro, o informe aponta que o fim da diferença de gênero pode, sim, contribuir para a diminuição da fome no mundo. De acordo com ele, se as mulheres tivessem o mesmo acesso aos recursos agrícolas que os homens, o rendimento delas aumentaria entre 20% e 30%, o que significaria um crescimento de 2,5% a 4% na produção agrícola total dos países em desenvolvimento.

"Um aumento da produção deste calibre permitiria reduzir o número de pessoas famintas no mundo entre 12% e 17%”, estima. Os benefícios de aumentar a produção agrícola das mulheres não se resumem à diminuição da fome, mas também ao crescimento econômico e humano, já que, segundo o estudo, elas investem mais em alimentação, saúde, vestuário e educação para os filhos.

Assim, o relatório considera importante a promoção de políticas e ações que diminuam a diferença de gênero no âmbito agrícola, como: a eliminação da discriminação da mulher aos recursos agrícolas, à educação, ao trabalho e aos créditos e serviços financeiros; o investimento em tecnologias e infraestruturas que melhorem a produção das mulheres; e o aumento da participação feminina nos mercados de trabalho rurais justos.

Fonte: Adital, por Karol Assunção