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quinta-feira, 15 de julho de 2010

VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER


Bruno é acusado de ser o mandante do assassinato de Elisa, sua ex-amante.

“Quem é que nunca bateu ou apanhou em briga com a esposa ou a namorada? Em briga de marido e mulher ninguém mete a colher”. Com esta frase o goleiro Bruno, do Flamengo (RJ), em entrevista a jornalistas tentou defender o atacante Adriano após uma briga conjugal. Mas ninguém poderia imaginar que um comentário machista pudesse resultar no caso que chocou o Brasil.

O goleiro Bruno do Flamengo é acusado de ser o mandante da morte de sua ex-amante Eliza Samudio que teve como cúmplices Luiz Henrique Romão, o Macarrão,um adolescente primo de Bruno e o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos. O crime teria acontecido no início de junho.

                             A advogada Mércia Nakashima desapareceu no dia 23 de maio, segundo a polícia ela teria sido morta no mesmo dia.
                             O principal suspeito é seu ex-namorado, o advogado Mizael Bispo dos Santos, ex-policial militar.


O outro acontecimento que também teve grande repercussão nacional é o da morte da advogada Mércia Nakashima, cujo principal suspeito é seu ex-namorado, o advogado Mizael Bispo dos Santos, ex-policial militar. O crime teria sido motivado por ciúmes. A justiça chegou a decretar a prisão temporária do ex-namorado chegou a ser decretada no último sábado, 10, porém o pedido foi revogado na última quarta-feira, 14. O principal cúmplice no crime é o vigilante Evandro Bezerra, preso na madrugada da última sexta-feira, 9, em Canindé do São Francisco em Sergipe.
 
 
                          A psicóloga Milena Barra conta que o goleiro Bruno tem o perfil de um psicopata.
 
A psicóloga Milena Garcia Barra declara que o goleiro Bruno foi abandonado pelos pais tendo gerado traumas de infância, o que pode ter ocasionado características de psicopatia. “Ele não teve relação afetiva com os pais então isso reflete na vida adulta dele”, afirma. A psicóloga ainda diz que para Bruno Eliza atrapalhava seus planos de ir para o futebol europeu.
“O Bruno é extremamente ambicioso. Para chegar ao ápice da profissão dele, que seria ir para um time europeu, ele precisou dar fim a Elisa porque ela era uma pessoa que estava atrapalhando seus planos. Como ela havia entrado com inquérito policial contra ele por agressão, isso iria atrapalhar ele. Para ele ser contratado por um time profissional da Europa, o goleiro não poderia responder a nenhum inquérito policial”, comunica.

Continuando a psicóloga acrescenta que um psicopata não tem a mesma consciência acerca do que faz, assim como pessoas de comportamento normal. “A psiquiatra Ana Beatriz Barbosa Silva, em seu livro ‘Mentes Perigosas, o psicopata mora ao lado’, ela explica sobre a consciência. Todo ser humano tem a consciência de amor ao próximo, sentimento, emoção. Já o psicopata, não. Ele é isento de sentimento e isso pode resultar em um caso extremo, como prejudicar ou até mesmo matar uma determinada pessoa", diz.
"A Lei de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher LEI Nº 11.340, foi sancionada pelo presidente Lula, dia 7 de agosto de 2006, recebeu o nome de Lei Maria da Penha pela fato inusitado de que biofarmacêutica Maria da Penha Maia Fernandes lutou durante 20 anos para ver seu agressor condenado. Ela virou símbolo contra a violência doméstica.
Em 1983, o marido de Maria da Penha Maia Fernandes, o professor universitário Marco Antonio Herredia, tentou matá-la duas vezes. Na primeira vez, deu um tiro e ela ficou paraplégica. Na segunda, tentou eletrocutá-la. Na ocasião, ela tinha 38 anos e três filhas, entre 6 e 2 anos de idade. A investigação começou em junho do mesmo ano, mas a denúncia só foi apresentada ao Ministério Público Estadual em setembro de 1984. Oito anos depois, Herredia foi condenado a oito anos de prisão, mas usou de recursos jurídicos para protelar o cumprimento da pena. O caso chegou à Comissão Interamericana dos Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA), que acatou, pela primeira vez, a denúncia de um crime de violência doméstica. Herredia foi preso em 28 de outubro de 2002 e cumpriu dois anos de prisão.

O Código Penal Brasileiro foi alterado pela Lei que e permitiu que agressores de mulheres no âmbito doméstico ou familiar, sejam presos em flagrante ou tenham sua prisão preventiva decretada. Ainda os agressores não poderão ser punidos com penas alternativas, pois a legislação também aumenta o tempo máximo de detenção previsto de um para três anos. A lei Maria da Penha ainda prevê medidas que vão desde a saída do agressor do domicílio à proibição de sua aproximação da mulher agredida e filhos.

Somente este ano, no período de janeiro ao início de julho, foram registrados 1595 boletins em Aracaju de ocorrência de casos que variam entre ameaça, lesões corporais e outros casos de agressões. Segundo a delegada Renata Aboim, da Delegacia de Vulneráveis, assim que surgiu a lei Maria da Penha havia um entendimento que outras pessoas poderiam denunciar, mas isso já mudou de lá pra cá.

“No último entendimento do Superior Tribunal de Justiça [STJ], somente a vítima pode colocar o caso para frente. Apenas em casos extremos, como lesões corporais e crimes contra a honra, é que um terceiro pode denunciar. A ameaça, por exemplo, só é instaurado o inquérito se a vítima quiser”, explica Renata.

A delegada relata que, os dois casos citados a nível nacional são enquadrados na lei Maria da Penha. “Inclusive no caso do Bruno, a moça havia entrado com o processo, mas a justiça negou as medidas protetivas. O importante é que os homens tenham noção da conseqüência para eles. Em muitos casos basta a audiência na delegacia para que ele pare com as agressões ou ameaças”, diz.

Ainda diz a delegada que é muito importante que a vítima procure a delegacia da mulher o mais rápido possível. “As vezes quando pegamos o caso logo no início das agressões, a gente evita que elas continuem. É extremamente importante que a pessoa procure a delegacia no início”, recomenda.