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domingo, 6 de março de 2011

UBM e movimentos de mulheres preparam atividades para marcar os 101 anos do ‘8 de Março’

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O Dia Internacional das Mulheres – 8 de Março - coincide este ano com a terça-feira de carnaval. Para a data não passar em branco, em Curitiba, a União Brasileira de Mulheres – seção Paraná (UBM-PR) participa de uma série de atividades antes e após a data. A programação inclui , entre outros, os atos públicos no dia 12 de março, na Rua XV de novembro, e , no final do mês (29/03) em frente ao Palácio das Araucárias. A relação entre a mulher e a participação política ganhou mais destaque com a eleição da presidente Dilma Rousseff. Para a coordenadora nacional da UBM, a paranaense Elza Maria Campos, esse fato é um marco histórico para o Brasil, pois Dilma passa a ser a primeira mulher a ocupar o mais alto posto de poder na República do país e também porque a presidente nomeou nove ministras para estar com ela à frente do projeto político. No entanto, afirma que, apesar dessa visibilidade, a questão feminina no país ainda tem um quadro repleto de paradoxos e desigualdades.

“A incursão das mulheres nos espaços de poder é de grande importância para a luta feminista. É lamentável saber que há poucas vozes femininas na política brasileira. Entre os 27 governadores, há somente duas mulheres. Esse quadro de desigualdade de gênero persiste no Brasil apesar de, em 1996, ter se transformado em lei uma "cota lilás", que obriga os partidos políticos reservarem 30% das vagas de candidatos a qualquer cargo público para as mulheres”, destaca Elza.

Desigualdades no mercado de trabalho - Além da política, outros dados revelam que a situação das mulheres brasileiras, em muitos campos, ainda é de uma absoluta des igualdade com relação aos homens. “Em empregos iguais, as mulheres recebem remunerações menores do que os homens. Segundo dados da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), as brasileiras dedicam 56,6 horas semanais ao trabalho, enquanto eles (os homens) ocupam apenas 52 horas”, enfatiza.

Lei Maria da Penha - Elza destaca que a conquista da Lei Maria da Penha foi um avanço importante no campo de políticas públicas para as mulheres e defende que qualquer alteração na lei pode trazer retrocessos no enfrentamento à violência contra a mulher. Segundo a coordenadora nacional da UBM, dados recentes divulgados pela Pesquisa da Fundação Perseu Abramo sobre a violência contra as mulheres revelam que a cada dois minutos, cinco mulheres são agredidas no país. “Se comparamos com os últimos dados, de que uma mulher era agredida a ca da 15 segundos, houve uma diminuição das agressões. E isto se deve à popularização da Lei Maria da Penha, ao aumento das denúncias, mas os dados ainda são alarmantes”, ressalta.

Polêmica sobre vídeo da escrivã de São Paulo - A coordenadora nacional lembra ainda da discriminação vigente nas corporações policiais. Em vídeo divulgado recentemente uma escrivã foi revistada, desnudada e aviltada. A discriminação presente revela a situação de opressão de gênero. “Independentemente da culpa da escrivã, houve total desrespeito dos direitos humanos”, afirma e finaliza.

Atos públicos - As mulheres dos Paraná elaboraram uma agenda de atividades que vão do dia 01º a 29 de março. Em Curitiba, está agendado para o próximo dia 12, às 09 horas, o tradicional Ato público do Dia 8 de Março com caminhada pela Rua XV de novembro. No final do mês (29/03) haverá outro ato estadual unificado. O movimento social de mulheres estará em frente ao Palácio das Araucárias cobrando do governo, entre outras pautas, a criação da Secretaria Estadual da Mulher.

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